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INT. GALINHEIRO - DIA

Armados de uma faca de cozinha, Luana e Lui correm atrás das galinhas, que cacarejam para longe deles. Os dois riem.

LUI

Vem cá, dona galinha! Vem cá!

Lui é estabanado e não leva jeito para correr atrás das aves, que fogem dele com facilidade.

LUI (CONT’D)

Eita! Cascou fora!

LUANA

(gargalhando)

Vai pegar nunca desse jeito!

Uma galinha corre para longe de Lui.

Por fim, Luana consegue imobilizar uma das galinhas. Com uma mão ela junta as asas da ave, com a outra segura as pernas da criatura apavorada. O bicho se debate, mas a garota não afrouxa o aperto da mão. Longe disso, a imobiliza ainda mais ao pisar em cima das asas e pernas da ave, que para de se mexer. Luana pega a galinha pelo pescoço e, sem titubear, quebra o pescoço do bicho. Som cortante de osso quebrando.

Lui assiste à cena horrorizado. Não ri mais.

LUANA (CONT’D)

Rápido! A bacia!

Lui pega uma vasilha de plástico jogada em cima da grama e a deixa do lado de Luana.

LUANA (CONT’D)

Passa a faca!

Ainda chocado, ele entrega o facão para Luana, que, muito segura do que está fazendo, arranca umas peninhas do pescoço da falecida para abrir espaço e, então, começa a cortá-lo. Pela desenvoltura da garota ao abater a galinha, é evidente que ela já fez isso várias vezes.

O sangue da galinha jorra dentro da bacia. E isso é demais para Lui, que se afasta nauseado. Tonto, perde o equilíbrio e se apoia na parede da casa para não cair.

Lui tenta controlar a ânsia de vômito com a mão, no entanto, não consegue e corre para fora do galinheiro para vomitar.

(…)